Reportagem mostra exemplos bem sucedidos de educação inclusiva
A
TV Tem, afiliada da Rede Globo no interior de São Paulo, exibiu ontem,
dia 5 de dezembro, uma reportagem sobre a inclusão de pessoas com
deficiência, com destaque para a síndrome de Down. Segundo a matéria, o
Brasil é considerado um dos países mais avançados quando o assunto é
legislação, pois já há cerca de vinte anos uma lei federal determinava a
inclusão na educação, na saúde e a acessibilidade. Entretanto, ainda há
desafios a serem superados. Atualmente existem cerca de 300 mil pessoas
com síndrome de Down no país e é preciso qualificar e humanizar os
serviços oferecidos a essas pessoas e suas famílias.
O programa mostrou dois exemplos bem
sucedidos de educação inclusiva, o menino Santiago, de oito anos, e o
adolescente Renan, de 16. Para a mãe de Santiago, estar em uma escola
regular foi fundamental para a formação do filho. “A escola traz os
amigos, as festas e a necessidade de conhecer várias coisas. Desde
pequeno o Santiago tem esse contato com a escola. Isso é essencial
porque ele consegue entender o mundo e, o que eu acho mais importante, o
mundo consegue entender o Santiago”, afirmou Andréa Gascon.
A família de Renan também é a favor da
inclusão. Além de frequentar a escola e participar de várias atividades
como esporte, informática e música, o jovem tenta realizar o sonho de
ser modelo. "Nós arregaçamos as mangas, a família toda, e a gente foi à
luta, buscando tudo que fosse possível para o seu desenvolvimento”,
contou Sandra Codogno, mãe de Renan. "Quando o meu irmão nasceu os meus
pais vieram conversar comigo, eu me lembro bem, para me alertar que
talvez o meu irmão não fosse o irmão que eu esperava. E hoje eu
realmente vejo que ele não é o que eu esperava, ele é muito mais”,
completou, orgulhosa, a irmã Natália.
Em estúdio, o cientista político e
coordenador pedagógico Ricardo Constante Martins, esclareceu dúvidas
sobre a educação inclusiva. “Eu acho que houve um avanço no sentido do
suporte jurídico para essas crianças. Agora, na prática, no dia a dia,
ainda falta uma estrutura muito mais ampla para poder dar conta das
demandas dessas crianças além da capacitação do profissional que
trabalha com elas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário